quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pense! pense. pense? pense… peeeen-se

Você já pensou se tudo o que você pensasse ficasse escrito em algum lugar? Não estou dizendo isto como uma denúncia sobre maus pensamentos que gerarão remorso. Digo, principalmente, para registrar aqueles momentos em que somos brilhantes, que temos aquela ideia ou compomos aquele verso ou aquela frase de efeito bacana. Seria divertido olhar para essas letras conjugadas fisicamente em algum lugar visível. Como seria? Quem sabe uma caverna que só você saiba o caminho? Talvez um livro pesado, denso, imponente, de capa vermelha e com seu nome escrito em dourado. Acho que a apresentação deveria ser tão importante quanto o conteúdo. Mas quem controla o que pensamos? Não têm os pensamentos vida própria? Eles vêm e vão sem que você opere grandes mudanças ou sutis retoques. Apenas surgem. Por vezes, persistem em momentos inoportunos como numa conversa a dois ou enquanto você tenta, simplesmente, dormir. E eles vêm. Em gotas, em enxurradas, em plágios, em músicas, com ritmo, si-la-ba-dos… Nos fazem pensar e se sobrepõem. Uma música é lembrada e, sem que você perceba, se transforma numa trilha sonora silenciosa para lembranças, projetos e devaneios. Sonhos. Alguns são tão intensos e rápidos que mais parecem relâmpagos. Outros parecem ter complexo de vaga-lume: vêm – somem – voltam, aqui – ali – acolá, espantam – desaparecem – ressurgem – somem. Somem. A maioria some. Você já pensou se tudo o que você pensasse ficasse escrito em algum lugar?

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