terça-feira, 10 de agosto de 2010

Surge um debate & Curtinhas

Surge um debate.

O @Garamba começou uma discussão no twitter sobre os fakes. Eu os sigo. Ainda os listo ao lado dos humoristas. Ele abomina o anonimato e afirma não seguir fakes. Eu prefiro tê-los ali. São geradores de conteúdo. São retwittados. Interagem na rede. Alguns são infames. Outros, engraçados.

O colega retwittou os que concordaram com sua rashtag: #fakenomore e depois, ao se recolher aos aposentos, sugeriu que o debate prosseguisse por ela. O que, caso seja obedecido, nem será chamado de viés, mas muito pior, pois #fakenomore já emite opinião.

Viciou o debate, mas criou um debate. Eu sou a favor da anarquia na web. Não acho que nela regras devam ser estabelecidas com força de polícia. Já que não há o perigo do prejuízo físico, vejamos até onde o ser humano vai. Só sou receoso com os menores de 18 anos... não. 18 não. 16! Por não estarem maduros o suficiente para serem influenciados. O contraditório nem sempre é buscado por eles. Nem por adultos, mas aí o problema é da ignorância de cada um.

Por exemplo, sou contra a pedofilia, claro. Coisa que acontece virtualmente. Embora crimes virtuais, para mim, são crimes que tenha eco no mundo real, material. No caso da pedofilia, sou contra a imagem e ao som, mas não posso imaginar a proibição de textos. Lê quem tem interesse. Novamente, sendo protegidos os menores de 16 desse tipo de conteúdo. Que façam. Como façam/produzam qualquer outro.

Ele falou em estelionato. Não consigo ver estelionato em um fake. Conseguir seguidores seria a vantagem?E falsidade ideológica é, em muitos casos, forçar a barra.

No caso do fake em questão, o do Cleber Machado, vejo sempre retwittes respondendo aos curiosos com uma evasiva e debochada não-resposta – o que não deixa de ser uma resposta. Para mim, haveria problema se o fake se passasse de fato por aquele a quem imita ou, por assim dizer, sacaneia. Mas quando adota um tom tão debochado como o @clebermachado, não vejo problema.

Acho triste quererem legislar sobre o twitter. Queria uma sociedade que resolvesse seus conflitos sem recorrer ao Estado e seu poder de polícia. Nada melhor que aqueles que são contra os fakes usarem o próprio sistema para amadurecer a questão.

O @Garamba deu um passo bacana no twitter. Aliás, o bacana do twitter é a opinião. O sair de cima do muro. É o espaço em que as hierarquias são quebradas e que o cidadão, usual receptor passivo de mensagens, pode interagir diretamente com os emissores deixando o papel de sujeito e se transformando em ator. Pois que ajam. Ajam com liberdade. Sempre existem aqueles que vão extrapolar o bom senso e partir para o achincalhamento, mas, como diria o amigo Luciano Rezende, “o sistema corrige o próprio sistema”.

Político capixaba, experiente em debates e chats na internet, sempre me dizia, não necessariamente com essas palavras, que achava temeroso entrar em debates online por causa dos mal-educados, mas que se surpreendeu logo de cara. “Não precisava respondê-los. Os próprios participantes do chat equalizavam a distorção e buscavam manter o nível da discussão em um patamar razoável de civilidade”, contava.

Acho que ele está certo. Acho que o Garamba está certo.

Fake ou não, eles fazem parte de um sistema que representa a sociedade. Sabe-se lá de onde esse Cleber é. Se é homem, mulher. Se está no Brasil ou exterior. Se a primeira língua dele é russo ou tupiniquim. É mais um. Que, se incomoda, deve ser confrontado pelo incomodado. Com elegância, mas com sinceridade. O debate do Garamba é mais uma prova de que seu Luciano estava certo: “o sistema corrige o próprio sistema”. No caso em questão, pode ser que o Garambe esteja corrigindo assim como sendo corrigido. O tempo dirá. Lucramos nós, a comunicação, o twitter.

Adoro debates.


Curtinhas:

Dilma na TV Globo

Dona Dilma na TV. Foge daqui, leva patada do WB, tenta imitar o Lula, faz analogia com dona de casa e mostra q de política só tem o topete. Sinceramente, para mim, a Dilma não tem cara de presidenta. Nem atitude ou vocabulário. Ela fica no limbo. Não é caricato como o Lula - que queiramos ou não é bem povo brasileiro - e não é o admirável intelectual inatingível.

Seleção

Nosso querido Mano joga pra galera ou tá na dele? Acho que tá fazendo os dois. Tomara que continue. Ganso, Robinho, Neymar e Pato.

Uma vez Flamengo

Flamengo armado para se defender não dá. Na boa, prefiro que escale a correria do Diego Maurício e do Vinícius Pacheco do que a ausência de tudo da nova dupla. Vamos conversar com os meninos! Peça para eles segurarem um pouco mais a pelota, fazer uma tabela, um pivozinho.

O time é razoável. Olha só: Marcelo Lomba; Leo Moura, Jean, Angelim e Juan; Willians, Correa, Fernando e Pet; Diego Maurício e Vinícius Pacheco. Trocar o Jean ou o Fernando por qualquer outro dá no mesmo. E se os corredores da frente não entenderem que a bola é que corre, coloca o Val. Mas coloca depois, porque o tio da gordin gordin. Cansa rápido. Com o outro time nas últimas ele pode igualar na base do bumba.
*Não falo do Renato Abreu e do Leandro Amaral porque embora estejam ainda não estão e embora chegados ainda não chegaram.

Maionese

O melhor do segredo é o fim dele. Portanto, assuma logo a besteira que fez que o povo esquece mais rápido.