quarta-feira, 28 de julho de 2010
Uma letra após a outra
Uma folha de papel em branco me desafia. Serei genial? Será que vou preenchê-la? Ou os meus medos vão se confirmar? Afinal, eu não sou lá essas coisas. Sou só mais um. Têm tantos por aí melhores. Há mais tempo digitando laudas. Desfilando sinônimos. Criando letra após letra um ritmo que cativa. Não sou assim tão bom. Acho que nem bom sou. Mas sou corajoso. Continuo a escrever. Paro. Penso em reler. Não. Melhor continuar. Deixar o cérebro fluir. Ouço uma música. Começo a dançar. Perco a linha do que estava escrevendo. Quero reler. Não. Nada de insegurança. É só um texto. Nem sei se vou publicar. Se alguém vai ler. Taí. Boa. Será que publico? A janelinha do MSN tá piscando. Mas eu tô ocupado. Xi. Nem o status eu mudei lá. É difícil não reparar nesse laranja piscando ali... Opa. E o texto? Sim. Acho que se continuar assim pode até ficar legal. Algo meio que psicografado. Por que o Word corrige os tás e tôs? Que coisa mais chata isso. Mudei a letra. Saí da Times e vim pra Arial. Ocupa mais espaço e é mais bonitinha também. Uma coisa que me dá nos nervos é esse parágrafo desalinhado à esquerda. Pronto. Arrumei. Melhor. Bem melhor. Escrever é legal. Sei lá. Faz a gente até parecer inteligente. Minha mãe com certeza iria gostar de ler. Talvez ela leia. Um dia. Ou não. Travei. Quase começo a falar da minha mãe. Mas não é esse o foco. Até que ela mere... N-ã-o é e-s-s-e o f-o-c-o. Estou escrevendo sobre escrever. Ideias que fluem. Que desaparecem. Texto que migra daí perde a coerência. Mas se é para escrever sobre escrever que eu escreva sem pudor. Aliás, é sempre a melhor forma de escrever. Pega e escreve. Comece. Não pare. Não perca o embalo com correções. Nem as mais óbvias. Depois, quem sabe, você corrige. Deixa pra lá. Nem sempre é a forma. Nem sempre é o conteúdo. Nem sempre é o sentimento. Nem tudo é poesia. Nem tudo é obra-prima. Com ou sem hífen? O Word não corrigiu. Eu não vou checar. Pelo menos, não agora. A janela continua laranja, mas os caracteres tão que tão. Xi. Confusão essa do tão de estão com o tão de muito, heim? Ah, corretor ortográfico da Microsoft! Você desconhece o heim? Brincadeira, heim? Lembrei do Neto. (Essa seria a hora de usar um rs ou kkkkk, mas também não dá para esculhambar tanto assim, né? Ou dá? – poutz, até o né? E o poutz também?) É... Pelo visto eu não sei escrever. Mas quem sabe? A Dad sabe. Curto o blog dela. Dicas e mais dicas. Bacana. Acho que ela não gostaria desse bacana por aqui. Mas existem tão mais acertos a serem feitos. Olha o tão aí. Sem contração agora. Ainda bem que eu fui criado nessa língua. Português não é fácil, filho! Tem que ralar para inculcar. Há! Ficou legal essa frase. Frases de efeito são sempre marcantes num texto, mas é preciso muito cuidado: o brega está sempre na esquina. Pronto para tomar de assalto e ensurdecer o leitor. Tipo um tiro de canhão. Pode espantar todos os pássaros e a natureza pode se esconder. O melhor é ser poeta. Brincar com as palavras com liberdade. Insinuando. Escondendo. Mostrando. Só um pouquinho. Deixar o leitor participar da história é sempre uma boa. Como a famosa Capitu. Quem é? Sei lá. Para que dizer tudo? As pessoas não dizem tudo na vida. Ainda bem. O mistério ainda é a mãe da curiosidade. Olha a frase de efeito aí! Queria poder mandar uma risadinha-tipo-web. Posso? Estou em dúvida. Ou seria na dúvida. Pai dos burros?! Não agora. Ah. Eu uso o Google. Parei com o dicionário. Online tem sempre uns fóruns que debatem a ortografia e a gramática. Eu acho mais válido aprender lá, pois sempre gera dúvidas. E a dúvida é a mãe do aprendizado. Ou seria o erro? O erro é masculino. Fica como o pai. Pronto. Em menos de dez minutos consegui preencher uma lauda. Foi divertido. Até mais.
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nada a declarar!!
ResponderExcluirmas deixo um super beijo e mto sucesso!!
=)